Quase metade dos brasileiros confia na AI para achar companhia

Usuários dos apps de namoro enxergam a tecnologia como aliada, mas não acreditam que os algoritmos consigam determinar a atração de uma pessoa.

Nosso estudo global “O Amor na era do Algoritmo” revela que a maioria dos brasileiros aceita bem o papel da inteligência artificial (IA) usada nos aplicativos de paquera: 47% dos entrevistados afirmaram confiar na seleção feita por máquinas e 66% disseram que estas recomendações corresponderam totalmente às suas preferências.

Os apps de paquera usam algoritmos inteligentes para ajudar os usuários a encontrar parceiros compatíveis. Neste sentido, 48% dos brasileiros concordaram que a tecnologia tornou o processo de busca mais fácil. Além disso, 46% afirmaram que só se encontrariam com pessoas recomendadas pelo algoritmo.

Os resultados mostram ainda que há uma diferença clara entre confiar na IA e depender dela, pois 46% dos entrevistados não acreditam que os algoritmos consigam entender toda a complexidade dos fatores que definem se uma pessoa é atraente ou não. Além disso, 29% dos respondentes consideram que encontrar alguém por meio de algoritmos é desumanizador.

“Algoritmos inteligentes analisam os interesses, preferências e as escolhas de perfis das pessoas para recomendar os candidatos(as) adequados(as) para as preferências do(a) usuário(a). Mas devemos estar sempre atentos e lembrar que não podemos saber, com garantia, como essas informações serão usadas no futuro”, afirma David Jacoby, pesquisador de segurança na Kaspersky .

“Para ser sincero, as possibilidades que temos com o ambiente digital mudam apenas a forma como buscamos e encontramos o amor e não o amor verdadeiro em si. Tecnologias como a inteligência artificial tornam a busca mais precisa, rápida e fácil. Elas minimizam os riscos. E isso é importante porque os aplicativos de namoro visam encontrar o parceiro perfeito, por isso aceitamos que a inteligência artificial nos dê suporte, ajudando no trabalho preliminar até chegarmos ao primeiro encontro”, complementa.

Na vida real, não é diferente. Quando conhecemos alguém no trabalho, em um evento ou em um bar procuramos inicialmente as semelhanças e muitas vezes fingimos estar mais interessados ​​do que realmente estávamos. Mas como avaliar de fato? Como saber se uma conexão é genuína ou artificial, se a pessoa está interessada ou entediada e outros sentimentos que são difíceis de serem decifrados por uma inteligência artificial e suas recomendações? Você consegue dizer qual é o seu cheiro, descrever a maneira que sorri ou como você se comparta de maneira geral?

“É por isso que a inteligência artificial e o amor não são algo que se criam à primeira vista. Algoritmos podem melhorar os cálculos para possibilitar encontros que envolvam qualidades muito pessoais, como empatia, franqueza e estabilidade emocional”, comentam os terapeutas Birgitt Hölzel e Stefan Ruzas, do escritório da Liebling + Schatz em Munique .

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