Diário do Homem Biônico 005: para que serve um biochip?

Desde que sugiu a possibilidade de injetar um biochip eu sempre me fiz a mesma pergunta: “Uma vez que eu decidir me tornar um cyborg, como é que a mudaria

Desde que sugiu a possibilidade de injetar um biochip eu sempre me fiz a mesma pergunta: “Uma vez que eu decidir me tornar um cyborg, como é que a mudaria minha rotina atual? Qual é o ponto na modernização de mim mesmo?”

Hoje, eu gostaria de responder às duas perguntas  de 1001 maneiras diferentes, enquanto que o número de casos de usos continua crescendo de forma exponencial. Deixem-me compartilhar alguns, que a meu ver, são os mais realistas e viáveis ​.

01. Abrir qualquer fechadura apenas ao tocá-la 

Um par de anos atrás eu falei nos bastidores em um desses eventos para engenheiros de TI, sobre a possibilidade de se livrar completamente das chaves da porta em sua forma atual.

Uma pessoa, no momento de pagar seu alojamento em um hotel, poderia abrir a porta com seu smartphone equipado com Bluetooth/NFC

A fim de esquentar a discussão, eu aposto uma garrafa de conhaque nas últimas possibilidades de que a cadeia de bebidas e comida HoReCa será o primeiro a dizer “adeus” a esta técnica de segurança rudimentar: Eu fiz reservas em hotéis onde se pode gerar uma única chave eletrônica temporária em smartphone do cliente através de serviços online como Booking.com.

Consequentemente, uma pessoa, no momento de pagar seu alojamento em um hotel, poderia abrir a porta com sue smartphone equipado com Buetooth/NFC. A recepção, que atua como um intermediário neste processo, seria, então, eliminada, otimizando assim os custos de infraestrutura para os hoteleiros.

Não se trata de beneficiar aos usuários Airbnb que, geralmente, não gostam do processo de passar a chave.

Uma parte da platéia riu da minha fala A outra parte, com mais esperanças que uma garrafa de conhaque, admitiu que este cenário seria possíve em um futuro (20 ou 30 anos). Ao que parece, havia um grupo que levou o assunto a sério. Na verdade, recentemente eu recebi uma mensagem do serviço ao cliente Starwood Hotels:

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Então, agora eu posso afirmar que aconteceu o seguinte: Eu, o primeiro cyborg profissional do planeta, me transporte ao passado com o objetivo de prever o presente para um grupo de desenvolvedores.  Esse futuro é aquele que com um biochip em sua mão você não tem a necessidade de ter qualquer “hardware” para destravar uma porta. E é que um biochip pode obter e manter os direitos de admissão em qualquer fechadura, seja de um quarto de hotel, de uma casa, de uma garagem ou de um carro.

02. Carteira de motorista e substituir o passaporte 

O que, essencialmente, é uma carteira de motorista? É um plástico com a foto de um proprietário adornado por hologramas, com um nome, sobrenome, data de nascimento, número único e a categoria do condutor.

A inspeção de segurança viária do Estado há muito tempo se rendeu à impossibilidade de falsificar bandeiras, licenças e credenciais. É por isso que uma vez que um veículo é parado pela polícia, um inspetor verifica se a licença e o certificado estão em sua base de dados com o objetivo de comprovar se o plástico é legítimo (e se o portador corresponde).

Como seria o procedimento com um biochip neste caso? O inspector apresentaria ao leitor através do pára-brisa e o motorista o tocaria com sua mão – e é isso. O inspector, depois de tudo, não precisa de um pedaço de plástico, ele opera a informação: ele usa o número da licença para procurar a respectiva entrada no banco de dados, e então vê se a foto combina com o meu rosto. O elemento contém informações de identidade, quer seja um pedaço de plástico na carteira ou um pedaço de silício sob a pele, não importa para ele.

 

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Além disso, o chip oferece certas vantagens nesse sentido. Por exemplo, a informação contida nele poderia ser criptografada e estar disponível só para um inspetor, co autoridade suficiente para ler e decifrar os dados do condutor; esta ação seria anulada assim que terminasse seu expediente.

03. Cartão de desconto Universal

Eu tenho um amigo que é fanático por compras. Tanto que em sua carteiro já não cabe mais os cartões de crédito, por isso ela teve que comprar uma nova carteira para colocar os cartões que não cabe no outro cartão.

Por que você iria continuar usando carteiras de motoristas de plástico? A informação de um motorista pode estar armazenada em um biochip!

As empresas valorizam os clientes fiéis, razão pela qual elas fazem muito esforço para implantar vários programas de fidelidade: os usuários que compram com frenesi conseguem um “muito obrigado” reforçado com valores correspondentes em troca de qualquer aquisição. No entanto, há um problema: há muitas lojas e apenas um cliente.

Por que você iria continuar usando carteiras de motoristas de plástico? A informação de um motorista pode estar armazenada em um biochip!

Se você usar um biochip para armazenar suas credenciais, o cenário parece muito mais simples: uma vez que você tocar o leitor com uma mão, você obtém um desconto em um programa de fidelidade.

04. E-Wallet amarrado a cartões bancários 

Bem, desde que eu estou habilitado para tocar os leitores com meu biochip, por que não pagar com ele instantaneamente? Usar NFC para pagamento já é realidade.

Se tudo funciona bem, em um dos meus vlogs #DiárioDoHomemBiônico (um dos meus postspara os próximos meses), poderia demonstrar a capacidade de pagamento com um biochip em Starbucks. Se eu conseguir, vou tentar executar todas as minhas operações financeiras diárias com a ajuda do biochip.

 

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05. Registro + seguro certificado paciente 

Contrariamente às suas promessas anunciadas, as companhias de seguros não estão dispostas a pagar dinheiro para nada. O negócio de seguro é um produto sofisticado do cálculo de probabilidades, muito sofisticado, que é baseado no acesso da seguradora para o registro mais completo da saúde e seu modus vivendi do segurado, que é então utilizado para identificar os termos do contrato.

É exatamente por isso que, inclusive, no caso de programas de hipotecas, a companhia de seguros exige que o requerente tenha um exame médico de pleno direito, a fim de evitar certificados de seguro inicialmente não rentáveis. Você sabe o que eu quero dizer. Infelizmente, os bancos de dados médicos são diferentes para todas as instituições médicas, registros de pacientes se perdem com frequência, com o qual o registro completo do paciente é, na maioria dos casos, desconhecido.

Isso é algo que não é benéfico para ninguém, seja uma seguradora, um médico ou um cliente. Um chip pode servir para armazenar de forma permanente o registro completo e detalhado do paciente, incluindo informações sobre doenças menores, remédios, vacinas, procedimentos de teste (como exames de sangue, raios-X, ressonância magnética) entre outros.

Isto ajudará, em primeiro lugar, para diminuir substancialmente o número de casos de diagnóstico errado quando um paciente é examinado por um novo médico; em segundo lugar, ajudaria a reduzir os custos dos seguro e dos próprios serviços médicos: muitos dos testes repetitivos não seriam necessários. O processo de obtenção de um certificado de seguro iria apenas se limitar a tocar um leitor com uma mão.

06. Login através de um biochip

Uma senha é, em sia, algo desumano: um conjunto de números e símbolos que se trocam regularmente, algo literalmente insuportável.

Muitas empresas estão buscando maneiras de resolver o “problema da senha”: eles tentam eliminá-lo como tal, ou, pelo menos, fazer todo o processo de login seja mais fácil para as pessoas. É altamente provável que você tenha experimentado com o “login”através de redes sociais, como Facebook e Twitter.

Mas assim que eu me transformei em uma #HomemBiônico, me dei conta de sou intolerante com relação com algumas questões. Por exemplo, não estou ansioso por compartilhar informação sobre os aplicativos e serviços que uso, bem como sobre quem eu interajo com frequência nas redes sociais.

Na era da Internet das Coisas a proliferação de tais capacidades de autorização me levaram a permitir que Facebook, Twitter e Google tenham acesso a minha casa, carro… enfim: a minha vida privada. A tarefa de criar e mudar senhas para TVs, máquinas de café e outros aparelhos é o trabalho Sythyphus (ninguém no seu perfeito juízo o faria de forma voluntária).

Me incomoda saber que Facebook / Twitter / Google / Yandex estão interessados nos meus dados. Curiosamente, estas empresas realmente acreditam que o processo de autorização justifica o acesso ilimitado aos meus dados privados.

Mas isto não é o caso; Eu (e tenho certeza que muitas pessoas se identificam comigo) prefeririam “ingressar através de um biochip” diretamente com um simples toque.

07. Internet das Coisas e a configuração da Smart Home

Imagine que toda a família está conectado: incluindo fechaduras, iluminação, torneiras, aquecedores, uma máquina de café, microondas, colar do seu gato, etc.

Agora, qualquer que seja o seu credo, imagine que você vive com uma família de 3-5 pessoas. Todo mundo tem suas preferências com relação ao uso dos dispositivos conectados.

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A fim de que a vida em uma casa inteligente sejauma experiência agradável, é importante que ela se adapte às suas necessidades. Imaginemos que John entra em seu quarto, as luzes se acendem, e um álbum de Guns ‘n Roses ativa em iTunes. Uma vez que ele vai para a sala, a música começar[a a tocar através dos alto-falantes, enquanto que no quarto tudo se apaga para economizar energia.

Jane, sob as mesmas circunstâncias, poderá desfrutar de uma atmosfera confortável e ouvir uma sonata via Google Play.

Ambos cenários são possíveis graças ao microchip. Uma pessoa não seria forçada a pensar em como domar a Internet das coisas. Viveria sua vida normal já que sua casa conheceria tudo sobre ele ou ela.

 

08. Bilhete universal para qualquer lugar 

Desde a perspectiva da máquina, um bilhete é um conjunto único de símbolos que corresponde a uma autorização que é concedida a uma pessoa ao viajar para algum lugar. Seja qual for o meiod e transporte, um bilhete poderia ser pago através de um biochip.

09. Proteção anti-roubo para smartphones, laptops ou outros dispositivos

Um dos casos mais realistas de um biochip é a sua utilização como um elemento de autenticação adicional para os meios de segurança já existentes.

Na vida real, seria algo como da seguinte forma: imagine que seu smartphone está protegido por uma senha que, quando inserida, desbloqueia o telefone. Se o dispositivo foi roubado, o ladrão pode ser capaz de adivinhar a senha, e até mesmo conhecê-la desde o início, e, em seguida, acessar seus dados críticos.

Mas se você chegar a ativar a proteção com um biochip, o smartphone não ligaria nas mãos de ninguém que não seja você

10. Ao comando de um exército de robôs pessoais

Acredite ou não, um garoto de 9 anos me perguntou: “Quando você vai me apresentar ao seu exército de robôs que você irá usar para conquistar e dominar o mundo e manter a paz na Terra?”

No início, eu estava um pouco atordoado, mas depois o garoto acabou por ser um grande fã de Isaac Azimov (graças a Deus esta geração não está completamente perdida!). Tivemos uma discussão fascinante que no final me fez pensar duas vezes sobre sua pergunta.

Teoricamente, um ser humano capaz de explorar o potencial simbiose entre um organismo vivo e uma máquina seria um dos primeiros a avaliar diversos aspectos ocultos desta “parceria” e aprender a comandar a Internet das Coisas, ao mesmo tempo de elevar certos acessos privilegiados.

Você poderia pensar que alguem poderia usá-lo de forma ambiciosa. Considerando que eu não discuto as boas intenções, pessoalmente, e em nome da Kaspersky Lab, não seria tão certo sobre os cibercriminosos.

Muitas outras questões surgem: o que é o homem biônico em um futuro não muito distante? Será que ele tem que seguir as três leis da robótica juntamente com um código legal e moral de conduta comum? Será contariam carneiros elétricos quando vão para a cama?

Vamos conversar sobre isso. Agradeceria muito seus comentários e perguntas.

Confira todas as nossas histórias:

Diário do Homem Biônico 001 – A história de como implantaram um chip no meu corpo

Diário do Homem Biônico 002 – O momento em que o chip começou a se mover dentro do meu corpo

Diário do Homem Biônico 003 – O dia que quebrei a proteção do meu smartphone

Diário do Homem Biônico 004 – A Força de Jedi

 

Tradução: Juliana Costa Santos Dias

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