Brasil é o País com mais usuários atacados por phishing

Estudo da Kaspersky revela que procura por emprego pode ter colocado muitas pessoas como alvo de esquema sofisticado de roubo de dinheiro.

O Brasil foi o país que teve a maior parcela dos usuários atacados por golpes de phishing no primeiro trimestre de 2019 (22%, em comparação com 19% no 1º trimestre de 2018). Depois vêm Austrália (17%) e Espanha (17%).

Um dos culpados por este aumento foi um surto de spams sofisticados oferecendo falsas ofertas de emprego que supostamente vinham de recrutadores de grandes corporações. Claro que o objetivo final era instalar malware para roubar dinheiro da vítima, aponta relatório da Kaspersky.

No primeiro trimestre de 2019, a tecnologia antiphishing da Kaspersky evitou 111,8 milhões de tentativas de direcionar os usuários para sites fraudulentos, aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2018.

Esse tipo de golpe usa a engenharia social, como promoções ou manipulação psicológica para disseminar malware e, frequentemente, é subestimado. Para rastrear essas ameaças, os pesquisadores da Kaspersky usam os chamados honeypots, ‘armadilhas’ virtuais capazes de detectar e-mails maliciosos e pegar os cibercriminosos. Nessa operação específica, rastrearam fraudadores que tentavam enganar pessoas descuidadas em busca de emprego.

A análise detalhada está no novo relatório Spam e phishing no primeiro trimestre de 2019 e mostra que os destinatários dos spams receberam uma oferta tentadora de emprego de uma grande empresa. A mensagem convidava a vítima a entrar em um sistema gratuito de busca de vagas e solicitava a instalação de um aplicativo para dar acesso ao banco de dados de empregos. Para fazer a instalação parecer confiável, os atacantes associaram a ele uma janela pop-up com as palavras “DDoS Protection” e uma mensagem falsa indicando que o usuário estava sendo redirecionado para o site de uma das maiores agências de recrutamento.
Na verdade, as vítimas eram redirecionadas para um servidor na nuvem onde fariam o download de um instalador que parecia um arquivo do Word. Sua função era instalar no computador da vítima o trojan bancário Gozi, malware bastante usado em roubos financeiros.

“Muitas vezes, vemos remetentes de spam usando nomes de empresas conhecidas, pois isso contribui para o sucesso de seus negócios fraudulentos e para ganhar a confiança das pessoas. Marcas com uma reputação sólida podem se tornar vítimas de fraudadores que se passam por elas e atraem usuários inocentes para baixar um arquivo malicioso em seus computadores. Era preciso verificar erros no endereço de e-mail para suspeitar que a oferta de trabalho não era autêntica”, explica Maria Vergelis, pesquisadora de segurança da Kaspersky Lab.

Não seja vítima de spam malicioso

  • Sempre verifique o endereço do site para onde foi redirecionado, endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que são genuínos antes de clicar neles, além de verificar se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink;
  • Não clique em links contidos em e-mails, SMS, mensagens instantâneas ou postagens em mídias sociais vindos de pessoas ou organizações desconhecidos, que têm endereços suspeitos ou estranhos. Verifiquem se são legítimos e começam com ‘https‘ sempre que solicitam informações pessoais ou financeiras;
  • Se não tiver certeza de que o site da empresa é real e seguro, não insira informações pessoais;
  • Verifique no site oficial da empresa se há vagas em aberto correspondentes a suas qualificações profissionais;
  • Entre em contato com a empresa por telefone para garantir que a oferta de emprego é verdadeira;
  • Procure possíveis erros nas ofertas de trabalho, verificando com atenção o nome da empresa ou o título e as responsabilidades do cargo;
  • Use soluções de segurança confiáveis para ter uma proteção em tempo real para ameaças emergentes, como o Kaspersky Total Security.

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