Golpe via WhatsApp promete lista de postos com combustível

Mensagem que circula pelo comunicador leva para páginas que oferecem serviços premium, instalação de apps ou direcionamento para sites cheios de propaganda.

Cibercriminosos brasileiros estão aproveitando a greve dos caminhoneiros e a falta de combustíveis para disseminar links maliciosos no WhatsApp. Como em ataques anteriores, a campanha utiliza um tema popular e da engenharia social para se propagar. Na mensagem, a vítima recebe um link malicioso para suposta lista de postos de gasolina em que o combustível ainda estaria disponível. Em menos de 24 horas, mais de 60 mil usuários acessaram a página falsa e foram expostos a ciberataques, que podem variar de acordo com o sistema operacional do smartphone.

O link foi acessado mais de 60 mil vezes em menos de 24 horas.
A mensagem tem um link encurtado e promete a suposta lista dos postos que ainda tem combustível:
Ao acessar o link, o usuário é redirecionado para uma página fraudulenta e, para acessar a falsa lista com os nomes dos postos que ainda tem combustível, solicita cidade e Estado em que a vítima se encontra.

Imediatamente após compartilhar o link com seus contatos no WhatsApp, o site fraudulento irá, por meio de uma série de redirecionamentos, encaminhar o usuário para sites que oferecem serviços premium, instalação de aplicativos legítimos ou apenas um direcionamento para sites cheios de propaganda.

“É a mesma tática de golpes anteriores, que utiliza um tema de grande interesse da população, só que em um momento crítico de uma greve”, afirma Fabio Assolini, analista senior de segurança da Kaspersky Lab. “O criminoso ganha de muitas formas: milhares de page-views no site cheio de propaganda, instalação dos aplicativos sugeridos pela página, num esquema de pay-per-install ou até mesmo com a oferta de instalação de apps maliciosos, como já vimos anteriormente”, explica.

O domínio utilizado no golpe (oportunie.com) já foi utilizado anteriormente para hospedar outras campanhas maliciosas via WhatsApp. Esse e outros ataques já estão sendo bloqueados por todos os produtos da Kaspersky Lab.

Com informações da Jeffrey Group
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