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São Paulo, 09 de junho de 2015

Sabemos bem como é namorar na era da internet, mas precisamos estar preparados para o ressentimento virtual, também conhecido como ‘cibervingança’. Fotos e vídeos de momentos íntimos podem parecer uma brincadeira quando são registrados, mas um simples clique pode acabar para sempre com a reputação da vítima. Por isso, é extremamente importante tomar medidas de segurança para proteger sua identidade e intimidade online.

A Internet como arma de vingança

Há relatos de casos de vingança virtual em diversos países, desde os Estados Unidos até o Japão. As fotos e vídeos íntimos e os dados pessoais das vítimas são expostos em páginas de conteúdo sexual explícito ou em perfis falsos em redes sociais como o Facebook.

Em outros casos, quando o agressor tem as senhas, o e-mail ou o perfil da vítima em uma rede social é usado para enviar tais informações pessoais a todos os seus contatos.

Segundo Juliana Abrusio, especialista em direito digital e autora de livros como "Educação Digital", “Marco Civil da Internet” e "Brazil. In: Data Protection & Privacy - Jurisdictional Comparisons", não há dados exatos sobre a ocorrência desse tipo de ilícito no Brasil, mas, se avaliarmos a quantidade de notícias divulgadas na internet sobre o assunto, sem dúvida é possível facilmente notar que os casos têm aumentado cada vez mais.

“Há previsão na lei para proteger a privacidade dos indivíduos e reparar os danos da vítima, mas isso por si só não é suficiente para amparar uma pessoa que sofre com a cibervingança, a qual uma vez tendo passado por essa bruta experiência, demorará muito tempo para recompor a sua vida e dignidade, sendo obrigada, na maioria das vezes, a buscar não apenas auxílio jurídico, mas também médico e psicológico. Além disso, o processo judicial no Brasil é muito lento, e as indenizações arbitradas pelo Poder Judiciário ainda são muito baixas e aquém dos danos morais que a vítima realmente mereceria em casos como esses, o que acaba apenas agravando a situação da vítima, trazendo-lhe um sentimento de injustiça e impunidade. Por isso, o melhor caminho é sempre a prevenção””, completa Abrusio.

A Kaspersky Lab recomenda algumas medidas para evitar que nossas informações fiquem vulneráveis, especialmente quando o amor acaba:

  • Não compartilhe suas senhas: para muitas pessoas, compartilhar as senhas de perfis em redes sociais com o parceiro é sinal de confiança, mas precisamos lembrar que as relações terminam e que deixar o ex-parceiro ter acesso ao seu perfil do Facebook, mensagens privadas e fotos pode ser muito arriscado.
  • Ative a ‘autenticação de dois fatores’ para o acesso a sua conta nas redes sociais: essa função adiciona um nível extra de segurança ao processo de acesso à conta, solicitando que o usuário insira duas formas de autenticação. A primeira costuma ser uma senha e a segunda pode ser um código recebido por SMS ou e-mail. O princípio geral por trás da verificação dupla é que, para ser aprovada, você precisa saber algo e também possuir algo.
  • Não tire nem envie fotos comprometedoras: nossa reputação não se limita ao boca a boca. Ela também existe online e um deslize pode se espalhar rapidamente para todo o mundo. Use o bom senso e não tire nem divulgue fotos ou vídeos que possam te prejudicar. Se decidir compartilhar este tipo de material, é importante usar serviços de mensagens que criptografem os dados, não permitam o encaminhamento a terceiros, bloqueiem capturas de tela (a menos que o remetente esteja ciente) e possibilitem a remoção das mensagens. De qualquer maneira, lembre-se de que, se essas informações forem publicadas na internet, não desaparecerão mais do mundo virtual.
  • Verifique sua configuração de privacidade nas redes sociais: decida quem pode ter acesso ou não a suas fotos pessoais.
  • Não vincule seus dispositivos móveis aos de seu parceiro: se você fizer isso, ele poderá ter acesso a todas as suas fotos e usá-las sem o seu consentimento.
  • Utilize as vias legais para denunciar o responsável: por causa do crescimento desse tipo de incidente e dos danos psicológicos e morais que sofrem as vítimas, mais e mais países têm adotado leis que estabelecem sanções a quem divulgar informações que não deveriam ser públicas, mesmo que o conteúdo tenha sido enviado voluntariamente a eles pela vítima.
  • Monitore as atividades dos adolescentes: adolescentes tendem a ser as vítimas mais comuns de "vingança pornográfica" e, muitas vezes, por vergonha ou medo do que seus pais possam pensar delas, escondem o ocorrido. É importante que os pais estejam atentos às atividades online de seus filhos e utilizem soluções como o Controle Parental da Kaspersky em todos os seus dispositivos para ajudar os pais a limitar a navegação dos filhos e garantir o acesso seguro de crianças e adolescentes à internet. Além disso, nada substitui a comunicação aberta com os filhos para que eles se sintam à vontade para compartilhar qualquer assédio ou situação que os incomode.

A Kaspersky Lab adverte: reflita sobre sua vida amorosa online

Sabemos bem como é namorar na era da internet, mas precisamos estar preparados para o ressentimento virtual, também conhecido como ‘cibervingança’.
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