A América Latina representa 3,56% de todos os ataques phishing no mundo.
A América Latina representa 3,56% de todos os ataques phishing no mundo.
Quase um terço (31,45%) dos ataques phishing praticados no mundo tem como objetivo principal roubar dinheiro das vítimas, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Kaspersky Lab. Esse valor chega a ser 8,5% maior do que o observado no ano anterior. Na América Latina o número de ataques que visa roubo de credenciais e, consequentemente, de dinheiro chega a 36%.
Vale lembrar que a América Latina representa 3,56% de todos os ataques phishing no mundo.
Para quem não sabe, o phishing é um esquema de fraude usado por criminosos virtuais para obter dados confidenciais de usuários com o auxílio de páginas da Web falsas que imitam recursos de instituições legítimas como bancos, lojas online e sistemas de pagamento eletrônico.
Ao contrário dos softwares maliciosos, que são criados para sistemas operacionais específicos, os ataques de phishing ameaçam todos os dispositivos capazes de acessar páginas da Internet. Esse é um dos motivos de sua popularidade entre os golpistas.
De acordo com os dados coletados para o estudo "Ameaças virtuais financeiras de 2013", os alvos mais atraentes foram os bancos, usados em 70,6% de todos os phishings de caráter financeiro. Isso representa um aumento acentuado em relação a 2012, quando os phishings direcionados a bancos representaram apenas 52%. No geral, os sites falsos de bancos estiveram envolvidos em duas vezes mais ataques de phishing (22,2%) em 2013.
Alvos em potencial
As marcas mais utilizadas em ataques ocorridos em 2013, de acordo com a Kaspersky, foram a Amazon.com (usado em 61% dos ataques de phishing relacionados com o comércio online), seguida pela Apple e eBay.
Cerca de 60% de todos os ataques de phishing que usam páginas de bancos exploraram os nomes de apenas 25 organizações.
Dentre os sistemas de pagamento eletrônico, os "favoritos" dos golpistas são Paypal, American Express, Master Card e Visa - as quatro marcas totalizaram 88,3% dos ataques de phishing da categoria.
"Os ataques de phishing são muito populares porque são simples de implementar e extremamente eficazes. Muitas vezes não é fácil até mesmo para usuários avançados da Internet diferenciarem um site fraudulento bem projetado de uma página legítima, o que torna ainda mais importante instalar uma solução de proteção especializada. Além disso, o phishing provoca danos à reputação e às finanças das organizações cujas marcas são exploradas nos ataques", diz Sergey Lozhkin, pesquisador sênior de segurança da Kaspersky Lab.
Além de imitar os sites de instituições financeiras, os sites de redes sociais também são bastante explorados pelos remetentes de phishing. Em 2013, o número de ataques em páginas falsas do Facebook e de outros sites de redes sociais aumentou 6,8%, representando 35,4% do total.
O estudo da Kaspersky utilizou dados obtidos dos participantes voluntários da Kaspersky Security Network. A Kaspersky Security Network é uma infraestrutura baseada em nuvem com alcance global, criada para processar rapidamente dados não personalizados referentes às ameaças enfrentadas por usuários dos produtos da Kaspersky Lab. As estatísticas dos ataques de phishing foram obtidas com base nas detecções do antiphishing da Web da Kaspersky Lab.
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